sexta-feira, 15 de abril de 2011

JA DIZIA O EÇA EM 1891

Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A VERDADE DOI A MUITA GENTE

Hoje, com meio século de existência, deparo que tudo está mudado, por um lado fico feliz, pois reconheço que Portugal se encontrava fora da Europa, logo vazio no seu todo e era preciso integrá-la para que o País não ficasse estagnado no tempo.
Esse passo gigantesco foi conseguido, quer algumas pessoas queiram ou não pelo grande socialista e homem de Estado Dr. Mario Soares, que adoptou as medidas necessárias para a complicada adesão, dado que essa adesão tem que obedecer a vários princípios caso contrário é-lhes negada.
Era urgente e também necessário dar esse passo, para que Portugal não caísse no abismo, nas trevas sem precedente e ficasse de certa forma arredado do mundo e isso o Povo Português não queria, pois Portugal pertence e deverá sempre pertencer aos Paises da frente.
Aconteceu, Portugal faz parte da Europa dos 27, logo assumiu os seus compromissos internacionais, mas defendendo sempre, mas sempre os nossos interesses, debatendo-se com várias dificuldades mas sempre com o objectivo de levar a água ao nosso moinho.
Aquando dessa tomada de posição, integrar a Comunidade Europeia, alguns mostraram-se renitentes, outros declararam-se intransigentemente contra e ainda outros esconderam-se de rabo entre as pernas á espera da primeira oportunidade de aparecerem, já com as situações definidas, pois que assim não teriam de assumir o que quer que seja em relação a essa matéria.
No entanto e para bem do Povo Português, Portugal está na Europa, somos pobrezinhos é certo, mas somos Europa e como tal temos a nossa palavra a dizer e quando falamos normalmente somos ouvidos e como somos Povo de bons princípios e de honrarmos os nossos compromissos a Europa não prescindiria de nós de ânimo leve.
Passamos neste momento por uma grande crise financeira, que com a aprovação do PEC IV segundo o Governo de José Sócrates (mais um bocado de sacrifício pedido ao Povo) atingiríamos os resultados que se pretendiam, sem ter que recorrer ao FMI.
Segundo fontes próximas o PEC IV foi elaborado com sentido de responsabilidade, a necessidade impunha-o com o objectivo de honrar os compromissos internacionais.
Não foi isso que certos políticos quiseram, para eles honrar compromissos não é coisa deles, muito menos ter responsabilidades para com o Povo que os elegeu e daí chumbaram o PEC IV na A.R., com legitimidade é certo mas sem responsabilidade pelo Povo e pelo País e deram origem á entrada do FMI, esse comilão, que empresta o dinheiro necessário para fazer face á crise, dinheiro que vem ás tranches e que Portugal terá que pagar com juros altíssimos, concluindo-se desta forma que se o PEC IV era mau para o Povo (segundo alguns) a vinda do FMI é pior, lá se diria no ditado popular “é pior a emenda do que o soneto” , mas enfim.
Eu diria atrás que por um lado me sentia feliz por Portugal ter aderido á Europa e com ela ao desenvolvimento, mas meus amigos, por outro lado sinto-me triste, não por aquilo que eu disse mas pelo que vou dizer e custa-me admitir que durante meio século estejamos a atravessar a pior crise, esta não a nível financeiro, mas a nível humano.
E durante meio século da minha existência, venho de ano para ano, de dia para dia, a aperceber-me que o ser humano tem sido delapidado no seu comportamento, ou seja, a mentira faz parte de alguns, como de verdade se tratasse, só para arranjar descrédito para outros e subjugarem-nos na lama, e proferem essas mentiras com tom tão sério, que até eles próprios acreditam na sua mentira.
Eu que nasci na verdade, fui criado na verdade, doa a quem doer, porque ela por vezes faz doer, custa a ouvir, porque é verdade tem que ser dita e repetida as vezes que forem necessárias, para que se apague de uma vez por todas a mentira e para que o Povo tenha a noção de quem são aqueles que fazem da mentira o seu modo de vida, para se autopromoverem, bem assim os seus lacaios e seguidores da mentira.
Num dia dizem que foram informados, que foram chamados a S. Bento, que tomaram conhecimento de tudo, bem como as suas causas e possíveis consequências, no outro dia já não sabiam de nada, apenas foram informados formalmente pelo telefone mas que não sabiam os meandros do PEC IV.
Num dia dizem que essas medidas de austeridade são desajustadas e gravosas para o Povo, no outro dia, quando confrontado com a Srª Merkel; Durão Barroso e o Presidente do Concelho da União Europeia, afirma que votou contra o PEC IV porque era insuficiente para que Portugal saísse da crise financeira onde se encontrava.
O homem sonha meus amigos, a realidade acontece, mas esta realidade só tem proveito se for proferida com verdade, verdade nua e crua, sem qualquer mentira e obstrução da verdade e não é isso que eu venho a ver durante este meio século.
Pois o que eu estou a ver, que há homens que nasceram na mentira, vivem na mentira e continuam a não falar verdade, está-lhe no sangue, foi-lhes transmitido geneticamente e quando falam nunca o fazem reconhecendo a mea culpa , a culpa é sempre do outro.
Sinto-me triste, e por vezes sinto necessidade de desabafar e dizer “já não há homens como antigamente”, perderam-se valores, características essenciais para a formação de uma personalidade justa, séria e preocupada com aquilo que se diz e afirma.
Dói-me a alma com tanta mentira e hipocrisia, com tanto desvalor humano que nos rodeia e que esses indivíduos apregoam, com falta de carácter, de bom senso e com as maiores irresponsabilidades de sempre.
Por isso meus amigos tenham sempre na verdade o vosso marco da vossa personalidade enquanto homens de bem, homens justos, homens sérios e com o sentido do bem, com causas nobres e tendo sempre a dignidade humana com ponto de referência

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A VERDADE PURA

È verdade que o ser humano existe, também é verdade que o ser humano é diferente dos outros seres, pois que enquanto humano tem raciocínio, ainda é verdade que o ser humano é um ser sociável, pois sozinho não consegue sobreviver, ademais o ser humano além de seguir a lei positivada, tem na sua génese valores, valores esses que são insubstituíveis e que sem eles o ser humano torna-se mau e logo ser desprezível para com o outro ser humano, e melhor dizendo para com a sociedade.
Ora neste preceito o ser humano assim caracterizado é pois o ser humano idealizado para uma sociedade com a precedência do bem, do bom e do justo, adicionando ao seu comportamento acções de natureza moral e ética com dignidade e mestria para que respeite os seus concidadãos na sua plenitude, nas suas ideias e o ajude a resolver todas as formas de conflito.
Não vamos escamotear as responsabilidades que nos cabem, a todos nós enquanto seres humanos, porque dessa forma estaremos a dar origem á feitura de uma sociedade desleixada, sem argumento e sem o seu que de humano, temos que ter consciência que a sociedade é feito por todos nós, sejamos nós quem formos, todos teremos o nosso espaço dentro dessa sociedade onde vivemos, mas acima de tudo também todos teremos as nossas responsabilidades para com essa mesma sociedade e como tal teremos que ter coragem, força enérgica e acima de tudo os valores para a tornarmos cada vez mais justa, mais civilizada, mais realista e acima de tudo mais pura.
Não vou certamente referir autores iluminados de certas correntes filosóficas, pois que dentro de muitos e todos com o seu saber, nos iriam trazer afirmações e negações acerca da interpretação do ser humano, e concerteza que as opiniões iriam divergir quanto á consideração do que era uma sociedade justa, outros ainda diriam que o sentido de justiça não existe na sua plenitude, pois que segundo alguns a justiça será considerada um valor e como tal na lei positivada ela não deve existir, ou seja, “dura lex sed lex”, e assim neste âmbito fugiria do fulcro da questão e deixava de caracterizar aquilo que na integra me propus.
Esta forma de pensar levará alguém concerteza a tomar posições divergentes, obviamente com a sua forma de estar, de pensar e de agir, e assim tomará a sua própria atitude e a sua maneira de se relacionar para com os outros, que para ele pode ser a mais correcta, mas que reflexivamente ela não trará os frutos que ele gostaria de colher, pois que se ao tratar os seus concidadãos com desprezo, hipocrisia e malvadez, certamente que não está á espera que o tratem com justiça, com dignidade e respeito, pois que o ser humano é sensível e bastante observador naquilo que o rodeia.
Todos nós erramos porque isso faz parte de nós, só pelo facto de sermos humanos, todos nós fizemos omissões sejam de que natureza forem, todos nós já falamos menos verdade, todos nós já nos retraímos em várias situações, todos nós já fomos egoístas, todos nós já especulamos acerca de certas e determinadas matérias e assuntos, isto tudo faz parte do ser humano e como eu disse atrás, errar é mesmo próprio do ser humano.
Mas não é o errar que está aqui em causa, mas sim o errar persistentemente e conscientemente que: Primeiro que estamos a errar novamente no mesmo tipo de erro e segundo porque estamos a agir com plena consciência que o erro por nós praticado, irá prejudicar o outro ser humano, ou seja, estamos a querer desvalorizar o outro a limitar-lhe os seus direitos e a criar a mentira para denegrir a sua imagem e colocá-lo numa posição inferior á nossa, quando ele na realidade tem tantos direitos e garantias como nós.
Por isso o ser humano deve ser tratado como tal e todos da mesma forma, independentemente da sua condição social e todo ser humano deve falar com verdade pura, sem subterfúgios, sem mordaças nem correntes, livre na sal condição de ser humano e sempre em prole do outro ser que o rodeia. Disse.