Aos mais desajeitados com a linguagem, a palavra epidemia cria-lhe um sobressalto, faz-lhe lembrar doença, alguma peste, algo de mau para a saúde.
Porém, embora epidemia realmente queira dizer doença, algo de mal para a saúde, não é esse o significado que aqui lhe quero dar, pois o que eu quero aqui salientar, é pois a caracterização de alguns iluminados, referindo-me concretamente ao saber, qualquer que ele seja, saber empírico, saber cientifico, saber cultural, saber social, saber económico, saber politico.
Pois todos nós sabemos, que um homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir; ou ainda; o homem sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.
Neste pensamento teremos que considerar o homem sábio, homem do saber, do querer ir mais além do seu conhecimento, saber ainda mais, sempre na procura de algo que ele ainda não sabe.
Como diria Augusto Cury, Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.
Também Pitágoras dizia: - Escuta e serás sábio. O começo da sabedoria é o silêncio.
Mas a sabedoria terá que ser arquitectada, pelo próprio homem através de uma procura sistemática dos valores que ele ainda não conhece e não aplicar a plagiação, copiar o que os outros dizem, fazendo suas as palavras dos sábios e daí a aplicação da epidemia.
A tal doença do querer saber, que no fundo não é mais do que copiar, o que os outros fizeram, ou disseram, chamando essas ideias como suas e vangloriando-se com elas.
Daí eu chamar epidemia do querer saber, ou seja, querer copiar, para um exibicionismo claro da sua personalidade, sustentando as suas palavras e os seus gestos no descrito dos verdadeiros sábios.
Por isso eu denomino esses indivíduos de “iluminados”, isto nesta fase da evolução da sociedade e com o seu desenvolvimento nos media, fazer copy e pass de obras e acções de outros, tornou-se demasiado fácil, para argumentar o que quer que se queira, argumentando originalidade.
Por isso meus amigos, devemos ter ideias próprias, reflectir sobre elas, querer que também nós somos capazes de saber e tentar ir mais além, sem estar a copiar o que quer que seja, deixando-nos de ser “iluminados”, para passarmos a ter ideias próprias e nunca nos contentarmos com aquilo que fazemos e conhecemos, porque o conhecimento do ser humano, não tem barreiras, nem muros de Berlim, e por isso carece de desenvolvimento cerebral, sempre com o objectivo de expandi-lo com as vivências e as experiências vividas.
E em jeito de conclusão, nunca te enfermes da epidemia do querer saber, só porque os outros o disseram, mas porque tu como ser pensante atingiste esse conhecimento e que o desenvolverás no futuro a fim de tornares um sábio. Disse.
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