Se para alguns o sonho comanda a vida, para outros a vida é comandada pelos sonhos, ou seja, enquanto alguns vivem submissos aos sonhos outros sonham para que o sonho se torne realidade.
O sonho é pois o reflexo da personalidade do inconsciente humano, durante o sono.
O sonho é característica do inconsciente, sendo comparado a um icebergue, que se forma pela base do infra consciente, que revestido com uma camada de rede, com buracos bastantes finos, que deixam transparecer para o consciente as ideias, que até aí se encontravam ocultas no infra inconsciente, ou seja, essa camada funciona como um filtro bastante espesso, que só deixa passar o que realmente é diferenciado da realidade de acção, em que o homem intervêm.
Dito de outra forma, através do consciente humano, involuntário, é transmitido do infra inconsciente o que doutra forma era incapaz de ser transmitido para a consciência generalizada do seu pensante que é o homem na sua plenitude.
Haverá expressões antagónicas a esta abordagem, concertezamente, e todas terão o seu significado e valor, mas o momento de colisão ou o momento de conexão será o mesmo, porque o sonho só será realidade segundo a vontade do ser humano, para que se realize esse sonho.
O sonho será também o despontar para a vida, de pequenas questões que continuam no infra inconsciente, e que o ser humano na sua natural vivência não foi capaz de ultrapassar e devido a essa incapacidade tentou de certa forma escondê-las no mais profundo do seu ser, para que elas nunca voltassem a entrar no seu consciente.
Mas o ser humano, não é uma peça, não é um ser inanimado, e o seu consciente mesmo durante o sono ele manifesta-se e aí aparecem as lutas e as filtragens, que o homem já julgaria esquecidas mas que se vão reflectir no sonho e que por vezes a realidade das causas que julgávamos perdidas e esquecidas para sempre.
Por vezes o ser humano, tem sempre o desfasamento da personalidade e imagina que durante o sono, a realidade não existe, ou desabafa quando acorda, foi apenas um sonho, não será bem assim contudo, porque ao valorarmos a realidade humana iremo-nos aperceber que afinal o sonho,, que tivemos durante o sono, embora com uma pequena porção imaginária, terá contudo algo de real e verdadeiramente controlável pela vontade do homem.
O sonho embora contenha verdade virtual, tem uma réstia de verdade objectiva e profunda, que o ser humano tentou arrumar num cofre, fechado ás sete chaves, que por sua vez e através do tempo, se foi deteriorando e criou o “crivo”, para deixar a reminiscência do passado, sair pelos buraquinhos do “crivo“ , que por vezes o ser humano retrai e continua a retrair, até ao momento de que se apercebe, que afinal do sonho ainda que modestamente se manifesta também a verdade material e essa o homem nunca por nunca a poderá negar, nem ultrapassar.
Por isso o sonho, não sendo a base da sustentação da personalidade humana, é contudo um dos seus maiores fragmentos que fazem parte da sua vida do quotidiano. Disse.
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