No pensamento humano, por vezes, senão na grande parte das vezes, surge a palavra tempo, mas tempo de que?, tempo para que?, mas qual tempo?.
Pois tempo, período de vivência, de confraternização; de amizade, de tolerância, das vicissitudes vividas, enfim tempo.
Tempo, espaço físico temporal, que o ser humano vai passando através dos segundos, minutos, semanas, meses, anos, décadas através das suas vivências em comunidade, que termina com a própria morte.
Por isso eu caracterizo tempo, como sendo a vida, seja ela plena ou não, pois a vida são as férias da morte.
Mas se algum de nós depois das vivências do quotidiano, gastando tempo, tivesse hipótese de fazer uma reciclagem desse tempo, tenho quase a certeza que todos nós quereríamos voltar a esse tempo, voltar atrás, aos mesmos hábitos, aos mesmos costumes, ás mesmas vivências.
Isso não significaria que cometêssemos os mesmos erros, nem as mesmas virtudes, mas tão só a vivência do tempo.
Quer isto dizer, que afinal todos nós gostaríamos de ordenar ao tempo que efectuasse uma paragem forçada pela vida de cada um, como e onde nós quiséssemos, libertando-nos assim do caminho da velhice e do próprio fim da vida.
Tanto assim que uma canção popular Portuguesa, dizia “Ó tempo volta para trás, dá-me tudo o que eu perdi, tem pena e dá-me a vida, a vida que eu já vivi”, isto prova a nossa dependência do tempo, tempo que não volta, tempo que se recusa a parar, tempo que passa como a água que corre e não volta.
Mas como não podemos reciclar o tempo, resta-nos acompanha-lo, com gratidão por termos nascido, e que vamos passeando por esse tempo, até que esse tempo se lembre de efectuar uma paragem brusca, e nos diga, olhos nos olhos: “o teu tempo acabou” e nós que tanto queríamos reciclar esse tempo, nada podemos fazer resignando-nos á vontade do tempo. Disse.
Sem comentários:
Enviar um comentário