AS APORIAS DE UM PASSADO RECENTE
Muitas vezes nos pomos a pensar no enraizamento da nossa história enquanto seres humanos, logo seres com raciocínio, com saber, com empreendimento pessoal e objectivação da personalidade que há em nós, por vezes justa, mas também por vezes injusta.
Nesta sequência ideológica enquanto seres humanos, temos que ter a noção do que é justo e do que é injusto, para melhor nos compreendermos a nós próprios em primeiro lugar e em segundo lugar, podermos compreender o outro ser pensante, com raciocínio, logo humano.
Neste aprofundamento da nossa personalidade humana, tem que existir a palavra reflexão, “conhece-te a ti mesmo” (Sócrates filosofo), olhar para o espelho, pela manhã e verificar através dele a culpabilidade daquela personalidade alí reflectida, e ter a noção do ser e do dever ser, explanando, o que aquele individuo fez e o que deveria ter feito, o que omissamente deixou de fazer, reservando para os outros aquilo que era o seu dever de garante no seio da sua sociedade.
Reconhecido que estão esses defeitos, com a introspecção generalizada adquirida através da reflexão do espelho estamos a raciocinar no sentido amplo da palavra, logo nos vem á ideia, “também não fiz tudo errado”, e daí novo pensar, nas coisas que achamos justas que praticamos até ali.
Dessas coisas boas, relativamos o que foi bom, o excelente e o menos bom, concluindo que, não somos seres perfeitos e que a perfeição, no ser humano não existe, daí sermos seres humanos com susceptibilidade para errar e nesse contexto teremos que tentar (através da reflexão não errar tantas vezes e de preferência nunca errar duas vezes no mesmo erro) e tentar dentro do possível adoptar a velha máxima do povo “não faças aos outros aquilo que não queres para ti” e ao pensar e agir desta forma estamos a diminuir drasticamente os nossos erros e as nossas atitudes menos boas que por vezes podem ser injustas para com os outros.
Inevitavelmente e como não podia de deixar de referir o relacionamento humano tem uma objectivação imperfeita, ou seja, a inexactidão da forma expressiva, o regionalismo a própria condição social e daí que existam perplexidades ou dificuldades (APORIAS), cujo significado é falta de caminho ou de saída , aquilo que impede o movimento e não deixa avançar, impede o ser humano de extravasar as suas atitudes e comportamentos que não são de todo do puro pensamento humano ou da sua lógica.
Porquanto, todo o ser humano deve reflectir nas suas tomadas de decisão, “olhando-se no espelho “ , nem que seja permanentemente e através dele aperfeiçoar aquela personalidade já não diria no sentido do excelente mas pelo menos do bom e aí tenho a certeza de que a sociedade passará do ridículo onde ela se encontra, para um suficientemente mais e posteriormente para o bom, cujo objectivo é deveras o pretendido.
Mas para que isso aconteça teremos que ter a noção do que realmente pretendemos em questões de valores , tais como a justiça, o bem estar social, a dignidade humana e os nossos relacionamentos intra humanos por vezes abdicando de causas próprias para defender causas gerais e abstractas que os que nos rodeiam também carecem desses direitos e dessas garantias , que tal como nós são ser humanos, logo seres com raciocínio e também com os seus valores. disse
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