O QUE FAZER EM PROLE DOS JOVENS DA TERCEIRA IDADE NO CONCELHO DE SÁTÃO?
Lá vem a velha máxima “velhos são os trapos”, trapos isso mesmo, roupa envelhecida com tanto uso, desgastada com o tempo, mas isso de comparar-se o ser humano com esta expressão é ridículo e ultrajante, pois que o ser humano tem que ser respeitado desde o seu nascimento até á sua morte e para além dela.
Por isso digo, os idosos não são trapos, entram sim numa nova fase da sua vida, que deve ser acompanhada por redes de apoio social, que devem ter a missão de os ajudar a ultrapassar os seus problemas, cuidados básicos, os seus medos, as suas inseguranças e a sua solidão.
Os entes públicos satenses esquecem-se de que também caminham a passos largos para a velhice e logo hão-de recordar-se da celebre história da manta em que o filho foi pôr o pai ao monte e levou uma manta para que o pai se agasalhasse e ao deixá-lo ficar com a manta, o pai virou-se para o filho e disse-lhe: - filho leva metade da manta para servir para ti quando fores velhinho.
Pensando naquela expressão o filho de imediato não só trouxe a manta como também o seu pai, aquele que lhe havia dado o ser, pondo assim um ponto final á questão de abandono que o costume lhe impunha.
Ora esta história da manta revela a maturidade do filho e a sua revolta pondo um ponto final no acto costumeiro e irreal que era hábito dentro da sociedade.
Mas se esse filho agiu em conformidade com a sua consciência e também por temer que o seu descendente lhe fizesse o mesmo, o poder autárquico, nomeadamente a Câmara Municipal de Sátão o que tem feito em prole dos jovens da terceira idade?
Nada vezes nada, até hoje e já lá vão muitos anos, simplesmente ignoram-nos, até quando pergunto eu, onde estão os centros de idosos com todas as condições a que os referidos jovens da terceira idade tem direito? Resposta : - Em lado nenhum, há pois centro de idosos particulares, que quem tem dinheiro poderá usufruir deles, quem não tem nem sequer se pode dignar a pensar nisso , pois tem que viver na solidão, no isolamento, por vezes sem nenhumas condições, sem o mínimo de dignidade de pessoa humana.
Esses seres humanos são dados ao abandono , abandono que não mereciam, nem sequer nos pensamentos mais insípidos e fraudulentos, pois que eles com as suas experiências, com o seu trabalho e com a sua mestria valoraram o Concelho e a Região logo não mereciam ser desprezados por quem tem o dever de zelar por eles e lhe dar uma réstia de esperança e de uma forma digna encararem a vida até ao fim dos seus dias.
Autarcas Satenses, não se vangloriem com coisas insignificantes, como a Festa do Míscaro (que também é preciso obviamente, para descontrair) mas assumam a realidade das causas justas e necessárias criem Centros de Dia, onde os Jovens da Terceira Idade, possam passar o dia, em convívio uns com os outros, relembrarem as suas vivências, as suas experiências e ideias que são vicissitudes que ficarão para as gerações mais novas
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